Confira o artigo de
Vasco Moretto, publicado na 28ª edição da Revista Aprendizagem, palestrante com
o tema: “Competências, Habilidades e o Avanço da Educação Profissional e
Tecnológica no Brasil.”
O Governo Federal está investindo na
educação profissional e tecnológica. Quais são as competências e habilidades
necessárias aos educadores para que haja um crescimento constante nessas áreas?
Nesse contexto
nasceu o conceito de competência. O mundo profissional, estimulado por rápidas
e profundas mudanças tecnológicas, exigiu de seus atores a capacidade de saber
agir em contextos novos e não apenas saber fazer, repetindo modelos aprendidos
no período de formação.
Para o conceito de
competência adotamos Le Boterf e Perrenoud: “Competência é a capacidade de um
sujeito mobilizar recursos visando resolver situações complexas”. De acordo com
Edgard Morin, chamamos situações complexas aquelas cuja solução exige que
vários recursos sejam mobilizados ao mesmo tempo.
Esses recursos são
incorporados à pessoa (conhecimentos, habilidades, recursos emocionais,
experiências, etc.), ou objetivados (máquinas, documentos, internet, banco de
dados, etc.)
Pensemos na
situação complexa como jogar futebol. O que diferencia Pelé, Neymar, Zico,
Fred, Romário, etc. de tantos jogadores que estão sempre em campo? A diferença
é que os atletas mencionados sabem agir na hora “H” e não apenas fazer. Agir
significa resolver, de forma diferente e eficaz, uma situação complexa nova,
ainda não enfrentada, mas para a qual é preciso mobilizar adequadamente um
conjunto de recursos.
E o que seria um
professor competente? Ele enfrenta a seguinte situação: preparar seus alunos
para que desenvolvam competências para resolver situações que o dia a dia de
sua vida profissional apresentar. Um mundo profissional que muda tão
rapidamente, que nem professores e alunos têm certeza de como será. Nesse caso,
que competências e habilidades se exigem de um professor da educação
profissional e tecnológica?
Sintetizando,
diremos que um professor competente: (a) tem profundo conhecimento dos
conteúdos que ensina; (b) desenvolveu habilidades para escolher e utilizar
métodos e técnicas pedagógicas para melhor mediar a aprendizagem; (c) domina as
diferentes linguagens que facilitam a construção interativa do conhecimento de
seus alunos; (d) tem sensibilidade para captar valores culturais dos contextos
dos alunos e busca neles elementos incentivadores ao estudo; (e) desenvolveu a
capacidade para administrar seu emocional e o de seus alunos, criando em aula
um ambiente motivador para o desenvolvimento de competências profissionais e de
vivência de cidadania.
O que distingue,
então, um professor apenas habilidoso de um competente? Voltamos ao pensamento
de Le Boterf: “O professor habilidoso sabe fazer, o professor competente sabe
agir”.
Autor: Vasco Moretto – artigo originalmente
publicado na 28ª edição da Revista Aprendizagem.
Fonte:http://www.futuroeventos.com.br
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