Depois de uma extensa pesquisa, o nutricionista americano
Jonny Bowden selecionou os ingredientes com maior valor nutricional, que
realmente deveriam fazer parte de nossa dieta diária. Alguns são itens que
jogamos fora, como as folhas da beterraba, outros, alimentos aos quais não
prestamos muita atenção, como a canela
THIAGO CID
Doutorado em nutrição pela Universidade Clayton pela Saúde
Natural, o psicólogo Jonny Bowden dedica-se à pesquisa dos alimentos há duas
décadas. Além do livro Os 150 Alimentos mais Saudáveis do Planeta, ele vai
lançar, no fim do mês, a obra As Refeições Mais Saudáveis do Mundo. "Quero
dizer às pessoas que é possível comer bem, sofisticadamente, explorando
inúmeras nuances de sabor e ainda assim ser saudável", diz. Em entrevista
a ÉPOCA, o autor explica como fez a extensa pesquisa que deu origem ao livro e
revela quais são os alimentos menos saudáveis, dos quais devemos manter a maior
distância possível.
1- Sardinha: é rica em
proteínas e possui minerais essenciais, como magnésio, ferro e selênio, que têm
ação anticancerígena. Esse tipo de peixe também ajuda o organismo a liberar o
mercúrio e tem altas concentrações de omega 3, um tipo de gordura “boa”,
essencial para o funcionamento do cérebro, do coração e para a redução da
pressão arterial. As sardinhas são chamadas de “comida saudável em lata” por
Bowden, que aconselha que sejam compradas as preservadas no próprio óleo ou em
azeite, quando não puderem ser consumidas frescas.
2- Repolho: as folhas do
vegetal contêm grandes concentrações de substâncias antioxidantes e
anticancerígenas chamadas de indoles e sulforafanos. Uma pesquisa da
Universidade de Stanford, nos EUA, apontou que o sulforafano é a substância
química encontrada em plantas que mais eleva o nível de enzimas
anticancerígenas no organismo.
3- Folha de beterraba: geralmente
jogada fora, é rica em vitaminas, minerais e antioxidantes. Contém
carotenóides, pigmento natural dos vegetais que ajuda a proteger os olhos
contra o envelhecimento. Bowden também afirma que a beterraba em si também é um
dos alimentos mais ricos que existem. As folhas podem ser comidas cruas na
salada ou refogadas, como espinafre.
4- Açaí: em suco ou
misturado à comida, como é feito no norte do país, o açaí é uma das frutas com
maior concentração de antioxidantes. Também é rica em gorduras monoinsaturadas
e poliinsaturadas, que são benéficas e auxiliam na redução do colesterol ruim e
na prevenção de doenças cardíacas. Para Bowden, os brasileiros que não consomem
a fruta freqüentemente desperdiçam a benção que a natureza lhes proporcionou.
5- Goiaba: rica em
fibras, minerais e vitaminas. Também possui grandes quantidades de licopeno, o
mais antioxidante entre todos os carotenóides. O licopeno auxilia na prevenção
do câncer de próstata e reduz os riscos de surgimento de catarata e doenças
cardiovasculares.
6- Cereja fresca: tem altas
concentrações de antocianina, um antiinflamatório natural. Deve ser comida ao
natural ou misturada com iogurte ou vitaminas.
7- Chocolate meio-amargo: rico em
flavanóides, que diminuem a pressão sangüínea e promovem o bom funcionamento do
sistema circulatório, tem altas concentrações de magnésio, um mineral importante
para mais de 300 processos biológicos do organismo.
8- Frutas oleaginosas: são as
castanhas, as nozes e as amêndoas. Bowden afirma que todas trazem inúmeros
benefícios, apesar do elevado teor calórico. Possuem muitos minerais, proteínas
e altos níveis de Omega 3 e Omega 9.
9- Canela: ajuda a
controlar o nível de açúcar e de colesterol no sangue, o que previne o risco de
doenças cardíacas. Para usufruir dos benefícios da especiaria, basta polvilhar
um pouco de canela em pó no café ou no cereal matinal.
10- Semente de abóbora: é uma grande
fonte de magnésio. Esse mineral é tão importante, explica Bowden, que
estudiosos franceses concluíram que homens com altas taxas de magnésio no
sangue têm 40% menos chances de sofrer uma morte prematura do que aqueles com
baixos índices. Para consumi-las, toste-as no forno e coma-as por inteiro,
inclusive com a casca, que é rica em fibras.
Fonte: revistaepoca.globo.com

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